28 de Abril de 2008 | 16.00 | ISCAP
RESUMO
Esta palestra propõe examinar uma série de textos australianos recentes, numa tentativa de perceber a forma como Timor Leste tem funcionado como um ponto de referência no processo de questionar o que os australianos acreditam acerca da sua cultura e a sua relação com supostos valores nacionais. Os textos escolhidos incluiriam livros de ficção para adultos e para crianças, bem como obras de não-ficção. São exemplos destes textos The Children Must Dance de Tony Maniaty (1984), “Other Places” de Gail Jones (1992), Cleaning Up de Bill Jones (1993), The Timor Man de Kerry Collison (1998), No-name Bird de Josef Vondra (2000), Treasure Hunters de Alan Baillie (2002), o roteiro de viagens Lonely Planet Guide to East Timor de Tony Wheeler, que inclui secções escritas por Xanana Gusmão, José Ramos Horta e Kirsty Sword Gusmão (2004), e o livro de memórias sobre a Segunda Guerra Mundial de Ken White, Criado (2002). Como seria de esperar, os diferentes observadores e comentadores partilhavam muitas características nas suas respostas aos acontecimentos em Timor Leste, mas, inevitavelmente, neste processo de “ler” Timor Leste, eles também “lêem” a Austrália, e são as justaposições estabelecidas por este aspecto das suas respostas que me interessam.