25 de Janeiro de 2013 | 16.00 | ISCAP
RESUMO
Desde o século XVI Macau é representado na literatura inglesa como símbolo das riquezas que os portgueses trazem do Extremo Oriente, tornando-se, no início do século XVIII, o primeiro “lar” inglês na China, e no final desse século também espaço de residência dos comerciantes norte-americanos envolvidos no ‘China Trade’. Macau detém assim o estatuto único de entreposto ocidental na China até à fundação de Hog Kong, e foi representado na Escrita de Viagens britânica e norte-americana (e até no romance anglófono) de forma realista como um enclave sino-português no delta do rio das Pérolas, onde várias nacionalidades e civilizaçãoe sse encontram e toleram. Como veremos ao longo desta nossa palestra, o olhar protestante sobre o reduto católico revela realidades e preocupações sociais, económicas, culturais e religiosas (femininas e masculinas) ausentes nos relatos, descrições e diários lusos, enquanto a presença anglófona enriqueceu em muito a economia e a vida cultural da urbe ao longo do século XIX.
Nota Biográfica
Rogério Miguel Puga é doutorado em Estudos Anglo-Portugueses e Investigador Auxiliar na Universidade Nova de Lisboa (FCSH, CETAPS), onde também dá aulas. Foi Professor Assistente no ISEC, Professor Auxiliar na Universidade de Macau e professor no Instituto Politécnico de Lisboa. É colaborador do Centro de História de Além-Mar (FCSH-Universidade Nova de Lisboa) e do Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa). É editor do “European Journal of Macau Studies” (n. 1 no prelo) e ‘subject editor’ da revista “Romance Studies” (Maney Publishing, Universidade de Swansea), bem como autor de vários artigos e livros sobre Estudos Anglo-Portugueses, Estudos Pós-Coloniais (impérios portuuês e britânico) e Literaturas Anglófonas e Lusófonas.