15 April 2015 | 15.00 | Room 024, ISCAP
Program
| 15.00 | Apresentação do colóquio |
| 15.00-16.00 | Visionamento do 1º documentário – “I am Dutch, am I?” – Breve apresentação – Questões introdutórias Visionamento do 2º documentário – “This (illegal) American Life” |
| 16:00-16:30 | Desenvolvimento das temáticas introduzidas |
| 16:30-17:00 | Debate |
| 17:00 | Encerramento |
ABSTRACT
A migração, a globalização e as interrelações étnicas são processos de vivência reais e crescentes, e hoje em dia, falar em construção identitária é objectivamente discursar a subjectividade do mundo global. Sob este prisma proponho analisar um conjunto de pequenos documentários, exemplos paradigmáticos das vivências interculturais. E falar de interculturalidade, multiculturalidade, construção identitária ou hibridismo, pode parecer uma sucessão de conceitos abstractos de difícil correlação com a realidade. A expressão metafísica dos conceitos não deixa transparecer a presença efectiva e real no quotidiano de tantas pessoas espalhadas pelo mundo. Com este colóquio procuro, ainda que num singelo contributo, reflectir, discursar e objectivar os rostos reais da interculturalidade. Os fluxos migratórios têm sido parâmetro fulcral na transformação social, nomeadamente, sob alterações tecnológicas, económicas, políticas e culturais. O migrante económico aposta num país que não o seu de origem como local para encontrar uma melhor situação de vida. Na prática, este migrante reposiciona-se geográfica e fisicamente sob razões económicas. E neste reposicionamento, o migrante deve acolher uma nova cultura, hábitos, padrões comportamentais, costumes socioculturais e mesmo linguísticos. A esta nova sociedade acresce uma série de novos códigos culturais, onde entre a cultura de origem e a cultura de chegada, se pressupõe uma forma de ligação, na essência, uma forma de tradução.
Este colóquio visa partir do sujeito, na análise de exemplos concretos, enquanto argumentação para a definição de estruturas diversificadas, mas confluentes na construção identitária do migrante. O campo individual contribui, desta forma, para o reconhecimento do processo migratório global. Portanto, será na experiência cultural que deriva do cruzamento multi e intercultural que podemos definir as sociedades como culturas activas de reconstrução. Cada um dos documentários seleccionados seja objecto de visualização e ponto de partida para o debate de diferentes envolvências subordinadas à temática da construção identitária. Desta forma, partimos de exemplos paradigmáticos da vivência intercultural para reconhecer conceitos teóricos. Este recurso visa incentivar o debate aberto à comunidade discente, docente e demais interessada.
Este colóquio visa promover o espírito inquiridor dos discentes. Os alunos estão cada vez mais confrontados com a possibilidade de migrar, de forma permanente ou temporária, cabendo à universidade enquanto espaço de aprendizagem e fomento para a construção do pensamento crítico, facultar aos alunos ferramentas que os auxiliem na reflexão e entendimento de tais movimentações. Permite ainda reconhecer as idiossincrasias inerentes à construção identitária como um processo complexo e contínuo de aprendizagem intercultural. A construção pedagógica deste colóquio visa reforçar o reconhecimento e debate da temática da interculturalidade, além de abrir espaço para a aplicabilidade teórico-prática dos conceitos desenvolvidos nas disciplinas do curso de Licenciatura em Assessoria e Tradução, do Mestrado em Assessoria e Tradução e do Mestrado em Tradução e Interpretação Especializada.
