30 November 2007 | 16.00 | ISCAP
ABSTRACT
A escrita e análise de diários sobre o quotidiano da sala de aula são técnicas bastante utilizadas na formação de professores. As vantagens de tais narrativas são óbvias, já que permitem a reflexão, tanto para quem as escreve como para quem as lê, sobre a sala de aula e a impresciência do processo de ensino/aprendizagem.
Nesta sessão, irei abordar dois textos: Diário, de Sebastião da Gama (1958, edição póstuma) e Diary of a Language Teacher, de Joachim Appel (1995). Na primeira leitura destas obras, constatei as diferenças, previsíveis e esperadas, entre estes dois professores e as suas narrativas – diferenças temporais, linguísticas, geográficas, culturais, de personalidade e de postura profissional. No entanto, numa análise mais cuidada, detectei semelhanças entre os dois textos que me surpreenderam e inquietaram.
Após uma breve leitura comparativa de pequenos extractos dos diários, colocarei aos participantes a seguinte questão (e para a qual não tenho, felizmente, resposta): Será que, malgré tout, ser professor é enfrentar os mesmos medos e saborear as mesmas vitórias?