29 January 2010 | 16.00 | ISCAP
ABSTRACT
De onde brota a inspiração para baladas de amor e canções de guerra, lendas e narrativas, tragédias e comédias? Ao longo de milénios, escritores e leitores interrogaram-se acerca do nascimento da beleza. Neste artigo, abordo essa questão intrigante, em quatro etapas: a) Examino algumas personificações criadas por Hesíodo, Homero, Luís de Camões e Federico García Lorca para descreverem a inspiração; b) Exploro as estratégias utilizadas por Samuel Coleridge, Salvador Dalí e William Burroughs, para penetrar no reino da fantasia, o inconsciente; c) Apresento as explicações científicas de Sigmund Freud, Carl Jung e Robert Sperry para o arrebatamento criativo) Para concluir, menciono as razões que levaram Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade a desconfiarem da fada inspiradora, preferindo o trabalho árduo que corrige a emoção e gera a obra.