January 16th 2015 | 16.00 | ISCAP
“A Comunicação Empresarial em Portugal na atualidade intercultural:
o exemplo das PME”, Carlota Moreira
Resumo: Vivemos atualmente numa sociedade globalizada, dominada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC). Este facto tem tido impactos, muitas vezes negativos, nas organizações, devido à enorme velocidade de circulação de informação não filtrada e, por isso, frequentemente especulativa e sem fundamentação factual. É, por este motivo, importante que as empresas comuniquem de forma consistente a sua cultura, criando vínculos com os diversos segmentos de clientes e assegurando, desta forma, a sua diferenciação e sobrevivência no presente contexto de elevada saturação dos mercados. Urge, assim, que realizem um processo de autoanálise para identificarem e destacarem os seus valores, elemento central da sua cultura organizacional. Estes valores servem de linha orientadora das ações organizacionais e relevam sobremaneira por permitirem um alinhamento da cultura dos colaboradores com a da organização, impulsionando a sua motivação para o trabalho, e logo potenciando ao máximo o desempenho da organização. No panorama mundial, tem-se constatado uma aposta crescente das organizações na comunicação institucional estratégica e um progressivo afastamento do anterior paradigma que privilegiava a comunicação de marketing. Em Portugal, no entanto, e referindo-nos mais concretamente às Pequenas e Médias Empresas, reconhece-se que há ainda um grande trabalho a fazer na área da Comunicação Empresarial, já que uma grande percentagem destas empresas não tem página institucional online e, das que a têm, poucas são as que aí colocam, de forma explícita, os seus valores organizacionais. Verifica-se, portanto, que existe um contraste marcante em relação à realidade internacional, onde já se começa a considerar o valor de que se reveste a aposta em boa Comunicação Organizacional.
Carlota Moreira está a concluir o curso de Comunicação Empresarial no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP). Depois de ter ganho, em março de 2014, uma Bolsa de Integração na Investigação Científica e Desenvolvimento IPP/SANTANDER no Centro de Estudos Interculturais (CEI), é agora Junior Reseracher no mesmo centro, onde desenvolve a linha de investigação “Intercultural Communication in Business”. O seu trabalho foi já publicado na Polissema – Revista de Letras do ISCAP.
“Sherlock Holmes: From Paper to the Screen – An Analysis of the Intersemiotic Translation of Sir Arhtur Conan Doyle’s The Hound of the Baskervilles”, Jorge Nuno Sequeira
Adaptation has been related to cinema and television productions almost from their very beginning. The first movies exhibited in these two mediums were frequently based on either historical or fictional literary works, being an important factor to the development and evolution of filmmaking as we know it, today. In this study, the novel The Hound of the Baskervilles, by Sir Arthur Conan Doyle, is analysed from the point of view of intersemiotic translation studies, serving as a basis for establishing some guidelines for the process of adaptation analysis in general. This serves as a means of establishing a relation between the process of adaptation and the process of translation, comparing similarities and differences between them, as well as exemplifying a process for the critical analysis of adaptations that is not based merely in a literary studies perspective of these types of works.
Jorge Nuno Sequeira é tradutor e intérpreter freelancer. Em 2014, completou o Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP), onde também concluiu a sua Licenciatura em Assessoria e Tradução, em 2012. Foi estagiário do Centro de Estudos Interculturais do ISCAP (CEI) entre 2010 e 2012, e bolseiro do IPP/Santander Totta para a Integração na Investigação Científica e Desenvolvimento no mesmo Centro. É, ainda, Junior Researcher do CEI, tendo publicado o artigo “Futebol – O Caminho de África até à Europa” na E-REI – E-Revista de Estudos Interculturais do CEI.
“Maria de Lourdes Pintassilgo e as estruturas culturais
da sociedade portuguesa”, Susana Mota
Sendo certo que as estruturas sociais condicionam e, muitas vezes, determinam a identidade dos indivíduos que se inserem numa sociedade e cultura específica, pareceu-nos importante analisar o modo como Maria de Lourdes Pintasilgo conseguiu romper com algumas estruturas de pensamento e criar novas práticas sociais que conferiram à mulher um novo papel social. Em que medida a transformação política, económica, social e cultural que ocorreu em Portugal na segunda metade do século XX, possibilitou a Maria de Lourdes Pintasilgo a representação do papel de mulher, técnica, representante política e eclesial? Quais as estruturas culturais que entretanto se alteraram e influenciaram o desenvolvimento da condição da mulher na sociedade portuguesa? Como é que a sociedade nacional e internacional representa Maria de Lourdes Pintasilgo? A pesquisa documental e bibliográfica que realizámos permitiu a análise dos códigos culturais que regularam as práticas sociais vigentes na sociedade portuguesa durante a ditadura do Estado Novo. Numa época e num país em que as mulheres se viam arredadas da participação ativa na vida política, Maria de Lourdes destaca-se. Acreditamos que, para o prestígio e projeção que alcançou a nível nacional e internacional, muito contribuiu a sua constante necessidade de confrontação, a sua criatividade intelectual e a sua fé.
Susana Mota é natural da cidade do Porto, onde trabalhou vários anos como administrativa na área dos serviços financeiros. No ano de 2011 ingressou no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto – ISCAP –, onde se licenciou em Assessoria e Tradução. Durante a licenciatura integrou o grupo de jovens investigadores do Centro de Estudos Interculturais – CEI, no âmbito Bolsa de Integração na Investigação Científica e Desenvolvimento – IPP/Santander Totta. Presentemente, é aluna do Mestrado de Tradução e Interpretação Especializadas, no ISCAP, e trabalha como responsável pela dinamização comercial de uma empresa têxtil, na área do Porto.