JEP 2020 – Jornadas Europeias do Património: Colóquio Virtual “Património e Educação”

JORNADAS EUROPEIAS DO PATRIMÓNIO 2020

Património e Educação

25 de Setembro de 2020 | Canal de Youtube do CEI

Programa

9:30
Sessão de Abertura e Apresentação do livro Culturas Partilhadas, Património Partilhado, Responsabilidade Partilhada (CEI, ISCAP-P.PORTO, 2020)

9:40
Educar para o desenvolvimento através da cultura e do património: Uma experiência no 2º ciclo do ensino superior
Clara Sarmento
Centro de Estudos Interculturais (CEI), ISCAP-P.PORTO

10:00
Património e ensino intercultural: O papel dos museus e da cultura na revitalização urbana e no desenvolvimento socioeconómico
Sara Cerqueira Pascoal, Laura Tallone e Marco Furtado
Centro de Estudos Interculturais (CEI), ISCAP-P.PORTO

10:20
A Street Art enquanto ferramenta integradora de ensino e aprendizagem: Dos 7 aos 77
António Oliveira e Pedro Furão Pereirinha
Centro de Estudos Interculturais (CEI), ISCAP-P.PORTO

10:40
Ações pedagógicas/lúdicas para e com as comunidades: Promover a sua participação no reforço da identidade cultural local
Luísa Silva e Isabel Ricardo
Centro de Estudos Interculturais (CEI), ISCAP-P.PORTO

11:00
Contributo da Educação para a Gestão Sustentável do Património Cultural do Centro Educacional de Cambine
Dinis Guidione e Estela Lamas
Universidade Metodista, Unidade de Moçambique (UMUM)

11:20
Atlas das Paisagens Literárias: O Porto de Mário Cláudio
Ana Campo Grande
Alumni do Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios, ISCAP-P.PORTO

11.40
A manipulação do poder sobre o mundo: Uma visão ao nível do património e da nova ordem mundial
Carlos Guimarães
Aluno do Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios, ISCAP-P.PORTO

12:00
Street Music: Experiência Urbana e Comunicação Intercultural
Gisela Hasparyk Miranda
Centro de Estudos Interculturais (CEI), ISCAP-P.PORTO

12:20
Património Cultural: Práticas e didáticas educativas
Assunção Pestana e Estela Lamas
CIEC, UMinho e Universidade Metodista, Unidade de Moçambique (UMUM)

12:40
Um modelo de negócios intercultural para rotas de Dark Tourism em Portugal
Ana Cristina Resende Rodrigues
Alumni do Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios, ISCAP-P.PORTO

13:00
Hábitos alimentares, de saúde e da adesão ao padrão alimentar mediterrânico dos jovens da região do Algarve
Maria Palma Mateus
Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve

13.20
Os desafios do modelo de Governança no Património Cultural Imaterial: O caso da Dieta Mediterrânica
Alexandra Rodrigues Gonçalves
Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, Universidade do Algarve

13:40
Encerramento da Sessão e Abertura do Espaço de Debate Virtual

Resumos e Notas Biográficas

Educar para o desenvolvimento através da cultura e do património: Uma experiência no 2º ciclo do ensino superior

A investigação do Centro de Estudos Interculturais (CEI) do ISCAP – P.PORTO privilegia a ligação entre o ensino superior e o mundo empresarial, em sintonia com a realidade do contexto socioeconómico contemporâneo. Esta investigação assume-se como uma fonte inclusiva de reflexões atentas à estética, à ética, à humanidade e à glocalidade patentes em produtos culturais relacionados das mais diversas formas com a economia e os negócios. Os investigadores do CEI partilham um interesse coletivo pelo desenvolvimento de estratégias para a aprendizagem criativa, aproveitando capacidades técnicas e epistemológicas interdisciplinares, promovendo o diálogo intercultural e desenvolvendo competências-chave transversais. Os resultados de investigação são aplicados na lecionação do Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios, sustentando um ensino atento à educação cultural enquanto veículo eficaz para as competências empresariais. O potencial das fontes patrimoniais e culturais – materiais e imateriais, modernas e tradicionais, eruditas e populares – é aqui o ponto de partida para o diálogo entre a investigação científica e os atores socioeconómicos, associando empresários, académicos e estudantes das mais diversas áreas. A educação para o desenvolvimento através da cultura e do património, a nível do 2º ciclo do ensino superior, fornece aos agentes económicos todo um conjunto de novas capacidades críticas e reflexivas, bem como uma nova perspetiva de cidadania abrangente que valoriza a expressão cultural, mesmo quando imersos em ambientes competitivos.

Clara Sarmento – Possui agregação em Estudos Culturais pela Universidade de Aveiro e Doutoramento em Cultura Portuguesa pela Universidade do Porto. Professora Coordenadora com Agregação no ISCAP-Politécnico do Porto, cujo Conselho Consultivo integra. Fundadora e diretora do Centro de Estudos Interculturais e do Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios do ISCAP-P.PORTO. Membro da comissão científica e editora convidada da Cambridge Scholars Publishing. Vencedora do American Club of Lisbon Award for Academic Merit; Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais; bolseira PRODEP III, Comissão Europeia; 5 vezes vencedora prémio PAPRE, P.PORTO, para publicações em revistas de elevada qualidade científica; Gardners’ (UK) autora do mês (Março 2020); Prémio Santander Unicovid19. Interesses de investigação: literatura e cultura portuguesa e anglo-americana; cultura, turismo, negócios e desenvolvimento sustentável; teoria e prática dos estudos interculturais, estudos feministas e de género; graffiti e street art; metodologias de investigação em estudos culturais.

Património e ensino intercultural: O papel dos museus e da cultura na revitalização urbana e no desenvolvimento socioeconómico

O património cultural tem um papel determinante no desenvolvimento da cooperação bilateral e multilateral entre os países e é um fator que contribui para diminuir as clivagens económicas, sociais, científicas e ambientais. Neste contexto, as UC de Cultura Alemã/Espanhola/Francesa para Negócios, do Mestrado em Intercultural Studies for Business (MISB) do ISCAP, têm vindo a promover um conjunto de estratégias pedagógicas interdisciplinares, em que os alunos são desafiados a participar em e a refletir sobre a transformação do património cultural em produtos comercializáveis, desenvolvendo, assim, competências de análise crítica em relação ao empreendedorismo e à criatividade. Encarando a cultura como uma commodity lucrativa, os conteúdos programáticos abordados têm como objetivo promover a preservação e o enriquecimento do património, o desenvolvimento económico e a criação de emprego, a revitalização económica e do território, o fortalecimento e/ou diversificação do turismo, a fixação das populações e o desenvolvimento da compreensão intercultural (Relatório da OCDE, 2009). Nesta comunicação, apresentaremos 3 estudos de caso em que a cultura desempenha um papel motor primordial no desenvolvimento regional, na revitalização urbana e na transformação socioeconómica e local.

Laura Tallone – Licenciada em Letras e em Tradução Literária e Técnico-Científica. Mestre em Tradução e Interpretação Especializadas. Título de Especialista em Tradução, conferido pelo IPP. Investigadora do Centro de Estudos Interculturais. Professora Adjunta do ISCAP, onde leciona tradução técnica e jurídica e cultura espanhola para negócios. A sua área de investigação incide sobre o Ensino da Tradução.
Marco Furtado – Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela FLUP, Mestre em Estudos Luso-Alemães, Formação Bilingue e Intercultural, na Universidade do Minho e é Doutor em Estudos de Interpretação pela Universidade de Vigo. É professor adjunto no ISCAP – P.Porto. A sua área de investigação incide sobre os Estudos da Interpretação, Estudos Interculturais, História e Cultura Alemã Contemporânea e Cultura Alemã para Negócios.
Sara Cerqueira Pascoal – Professora Adjunta no ISCAP, onde leciona desde 1997. É Doutorada em Línguas e Literaturas Românicas pela Faculdade de Letras do Porto, Mestre em Cultura Portuguesa e Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português/Francês) pela mesma Faculdade. Investigadora do CEI (Centro de Estudos Interculturais – P. Porto) e Investigadora Integrada no IELT (FCSH- UNL), os seus interesses de investigação incluem os Estudos Interculturais, a Geografia Literária e a Literatura Comparada.

A Street Art enquanto ferramenta integradora de ensino e aprendizagem: Dos 7 aos 77

Tendo em conta o percurso de desenvolvimento dos próprios artistas/writers, encara-se a Street Art como um processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Ao apresentar e integrar a população que está desligada da Street Art, nela, pode-se utilizar esta arte como veículo de desenvolvimento para o público geral, e ao mesmo tempo sensibilizar a sociedade para uma forma artística ainda conotada com o vandalismo.
A tecnologia hodierna permite uma maior aproximação às camadas jovens, mais sensíveis aos meios multimédia, e ao mesmo tempo permite uma melhor publicitação e transmissão de projectos através da rede.
A realidade virtual e aumentada já foi utilizada em projectos relacionados com arte urbana e pode ser ainda explorada a este nível.
Para a população mais idosa e menos receptiva às tecnologias – cada vez mais indispensáveis à vivência quotidiana – é ainda uma oportunidade de sinergizar aprendizagens e acrescentar valor e utilidade ao projecto em questão.

António Monteiro de Oliveira – Investigador do Centro de Estudos Interculturais (CEI) e Docente do ISCAP – Politécnico do Porto.
Doutor em Analise Económica e Estratégia Empresarial, Especialista em empreendedorismo, Mestre em Empreendedorismo e Internacionalização, membro fundador da Academia de Empreendedores da ANJE, membro da Rede Nacional de Mentores, da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e da Ordem dos Economistas; é ainda, Formador certificado pelo IEFP e pelo Conselho Nacional Científico-Pedagógico da Formação Contínua.
Desenvolve trabalhos no âmbito do processo de criação de empresas e na promoção do Empreendedorismo Cultural e Criativo, com participações em projetos nacionais e internacionais.

Pedro Furão Pereirinha – Licenciado em Tecnologias da Comunicação Multimédia (ISMAI).
Mestre em Tecnologias da Comunicação, Informação e Multimédia (ISMAI).
A frequentar o Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios (ISCAP-IPP).
Editor/Videógrafo (Megalito Media/Freelancer).
Investigador Júnior no Centro de Estudos Intercultural (CEI/ISCAP/P.PORTO).

Ações pedagógicas/lúdicas para e com as comunidades: Promover a sua participação no reforço da identidade cultural local

A promoção do património cultural, material e imaterial, é um fator primordial na criação de riqueza e de desenvolvimento socioeconómico das comunidades.
Com o aumento do turismo em Portugal, surgiram inúmeras atividades culturais que levaram à expansão do consumo cultural, integrado num mercado em ascensão de consumidores que procuram novas experiências. No entanto, devido à inesperada adversidade dos últimos meses, o turismo internacional, tanto em Portugal como no resto da Europa foi interrompido. Face ao cenário de incerteza e à importância da reabilitação socioeconómica, torna-se indispensável potenciar todos os recursos e sinergias eventualmente subaproveitadas. Privilegiar da envolvência dos cidadãos, da história, do património local e dos seus aspetos identitários, no sentido de adotar dinâmicas culturais alternativas para a conquista de novos públicos.

Luísa Silva – Mestre em Estudos Interculturais para Negócios e Licenciada em Comunicação Empresarial (ISCAP/P.PORTO). Investigadora júnior no Centro de Estudos Interculturais (CEI/ISCAP). Integra o projeto “StreetArtCEI”, do CEI/ISCAP, com participação em diversas comunicações e congressos nacionais. Criadora de percursos culturais taylor-made no âmbito turístico, cultural ou social.
Isabel Ricardo – Mestre em Tradução e Interpretação Especializadas e licenciada em Assessoria e Tradução pelo ISCAP-P.PORTO. Atual assistente executiva e investigadora júnior no CEI, ISCAP-P.PORTO, iniciou a sua colaboração com o CEI em 2016 tendo participado em diversos projetos de investigação, incluindo o projeto StreetArtCEI, e editoriais, incluindo a co-edição do livro “Cultura & Negócios: Fluxos Criativos entre Culturas, Investigação & Empresas” e edição da E-REI – E-Revista de Estudos Interculturais n.º 6.

Contributo da Educação para a Gestão Sustentável do Patrimônio Cultural do Centro Educacional de Cambine

A gestão sustentável do património cultural é uma temática largamente debatida internacionalmente. Muito recentemente, com a criação da primeira comissão de gestão de locais históricos do Centro Educacional de Cambine, o debate tem-se concentrado no contributo que a Educação traz para a gestão sustentável do património cultural. Com o presente trabalho, pretendemos afirmar e demonstrar que é possível dar à educação um papel mais importante e dinâmico no processo de desenvolvimento sustentável do património local. Pelo recurso a pesquisa bibliográfica, documental e ao uso da técnica de entrevista, pretendemos realizar um estudo, essencialmente, descritivo e analítico, centrando-nos num projeto em curso, num contexto específico — o Centro Educacional de Cambine.

Dinis Armando Guidione – Mestre em Didáctica e Pedagogia pela Universidade Metodista Unida de Moçambique (UMUM), Licenciado em Ensino de Filosofia pela Universidade Pedagógica, Bacharel em Teologia pelo Seminário Unido de Ricatla, é Diretor e docente na Escola Secundário de Cambine e assistente na UMUM e no Seminário Teológico de Cambine.
Estela Pinto Ribeiro Lamas – Professora catedrática aposentada, com agregação em Didática da Literatura, Doutora em Ciências da Educação (Didática das Língua e Literatura Maternas), Mestre e Licenciada em Línguas e Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas (Portugal e França), Bachelor/Master (South Africa). Colabora com várias instituições do ES, em parcerias internacionais. Desde 2018, coordena, na UMUM, o Mestrado em Pedagogia e Didática.

Atlas das Paisagens Literárias: O Porto de Mário Cláudio

O presente trabalho, concretizado no âmbito do Mestrado em “Intercultural Studies for Business” (MISB) do ISCAP – P. PORTO para a obtenção do grau de Mestre, decorreu entre janeiro e maio de 2019, no Centro de Estudos Interculturais, integrando o Projeto “LITESCAPE- Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental, com o objetivo de criar uma base de dados de paisagens literárias da cidade do Porto com base nas obras literárias de Mário Cláudio. Em simultâneo, o projeto permitiu desenvolver rotas literárias, culturais e gastronómicas (Dieta Mediterrânea) que foram o resultado de um trabalho de pesquisa e de campo, que serão uma mais valia para o projeto devido a sua vertente turística e a sua grande capacidade de disseminação bem como a valorização do Patrimonio Cultural Material e Imaterial da Cidade Invicta (Porto).

Ana Campo Grande – Com um fascínio por culturas e uma enorme vontade de conhecer “o outro”, é licenciada em Línguas e Culturas Estrangeiras pela Escola Superior de Educação- P. Porto e Mestre em Intercultural Studies for Business pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto – P. Porto, integra o projeto “Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental”, disponível em https://litescape.ielt.fcsh.unl.pt/. Atualmente, com a intenção de especialização nas áreas das Literaturas e Culturas, é Doutoranda em Estudos Literários, Culturais e Interartísticos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

A manipulação do poder sobre o mundo: Uma visão ao nível do património e da nova ordem mundial

O conceito de poder prevalece desde o início dos tempos, iniciando-se notoriamente com a monarquia, escravidão, até ao que vivemos atualmente – a democracia. Tipicamente, este poder estaria concentrado no cargo superior, contudo o Poder, atualmente, está mais disperso do que nunca, difundindo-se para longe das nações e aproximando-se dos subgrupos.
Geralmente, a noção de Poder está ligada ao poder político e económico, todavia no atual mundo globalizado, o poder cultural apresenta maior ênfase do que nunca na transformação das sociedades. O património e a criatividade, inseridos neste poder, constituem as bases de uma sociedade próspera e inovadora.
Assim, esta comunicação tem como objetivo expor a importância do poder cultural quando comparado com poderes mais “típicos”, a importância na sociedade atual para salvaguarda do património e no incentivo ao pluralismo cultural.

Carlos Jorge Baltar Guimarães – Licenciou-se em Ciências da Linguagem pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Mais tarde, ingressou no mestrado em Intercultural Studies for Business no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, onde se encontra a estudar atualmente.

Street Music: Experiência Urbana e Comunicação Intercultural

O Projeto StreetMusicCEI é um projeto em desenvolvimento que surge como spin-off do Projeto StreetArtCEI e tem como motivação e missão desmistificar e sublinhar o valor e o impacto sociocultural da arte urbana performativa, nomeadamente da música de rua, para a experiência urbana. O Projeto propõe, assim, clarificar e tornar ainda mais acessível o conhecimento sobre a música de rua e o seu impacto na revitalização dos centros urbanos em Portugal através da disponibilização dos resultados da investigação online e em acesso livre. A metodologia de trabalho envolve observar, gravar áudio, catalogar e extrair padrões de performances musicais na rua para criar e atualizar rotas urbanas de música de rua, mas também observar, entrevistar e explorar histórias, vivências e comportamentos dos músicos, criando espaço a novas e inesperadas perspectivas de investigação.
Nesta comunicação descrevemos o projeto e refletimos também sobre as diferentes formas como a música de rua reforça a conexão entre os diversos géneros, idades, culturas, condições sociais, como atua na formação de identidades e no desenvolvimento e crescimento da cultura local e exploramos como se manifestam as interações com o espaço urbano, provocadas num diálogo constante em linguagem universal no espaço público que é ponto de interseção e que se enriquece a cada performance musical e suas contribuições livres.

Gisela Hasparyk Miranda – Licenciada em Assessoria e Tradução pelo ISCAP-P.PORTO, atualmente investigadora junior researcher no CEI, ISCAP-P.PORTO. Colabora com o CEI desde 2015 como estagiária, assistente executiva e bolseira de investigação em diversos projetos, nomeadamente StreetArtCEI, TheGenderWeb, Tec’n’Cool, atualmente dedicando-se especialmente ao StreetMusicCEI. Também participou em diversos projectos editoriais do Centro com a co-edição dos livros “Viagens Intemporais pelo Saber: Mapas, Redes e Histórias”, “Cultural Tourism and Heritage in Northern Portugal” e como editora da E-REI – E-Revista de Estudos Interculturais n.º 7. Seus principais interesses de investigação situam-se entre a arte urbana, empreendedorismo, business culture e línguas e culturas.

Património Cultural: Práticas e didáticas educativas

Espaço ação-intervenção do Património Cultural local e regional é tema de grande destaque nas sociedades contemporâneas. Suportado em diretivas legislativas, na (re)formulação de práticas e atuações vigentes, este espaço denota ideários culturais comunitários e educacionais próprios, dada a existência de culturas locais, mistas e significantes. A abordagem do Património Cultural em termos educacionais — material e imaterial / móvel e imóvel — implica deste logo estudos documentais e exploratórios, seguida de uma didática patrimonial (formal e não formal), interdisciplinar e integradora, que visa o desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e ainda emocional dos implicados, ao invocar a memória individual e coletiva, os lugares e (arte)factos materiais e imateriais locais, análise crítica, preservação e conservação.

Assunção Pestana – Doutorada em Didáctica e Organización Educativa: Investigación e Innovación (Universidade Santiago de Compostela); Mestre em História Ibero Americana (Universidade Portucalense); Licenciada em Arte/Arqueologia/Restauro (Escola Superior de Tecnologia de Tomar); Bacharel em Cine Vídeo (Cooperativa de Ensino Superior Artístico Arvore, Porto). Investigadora no CIEC (UM), colabora como docente e artista intermédia em diferentes instituições de ensino e arte.
Estela Pinto Ribeiro Lamas – Professora catedrática aposentada, com agregação em Didática da Literatura, Doutora em Ciências da Educação (Didática das Língua e Literatura Maternas), Mestre e Licenciada em Línguas e Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas (Portugal e França), Bachelor/Master (South Africa). Colabora com várias instituições do ES, em parcerias internacionais. Desde 2018, coordena, na UMUM, o Mestrado em Pedagogia e Didática.

Um modelo de negócio intercultural para as rotas de Dark Tourism em Portugal

O principal objetivo deste projeto é a criação e subsequente implementação de rotas de dark tourism em Portugal, seguindo um modelo de negócio que já existe no Reino Unido. Esta tipologia do turismo é uma extensão do turismo cultural e é classificada pela procura de lugares onde ocorreram catástrofes, sofrimento e morte. Em Portugal, existem alguns locais associados à prática do dark tourism, embora este tipo de turismo não esteja ainda suficientemente explorado. Assim, com a delineação de rotas, pretende-se não só introduzir este nicho de mercado no país beneficiando o seu património (que é uma das alavancas de promoção do turismo e um importante fator de desenvolvimento), mas também contribuir de forma inovadora para a dinâmica turística, com a finalidade de diminuir a sazonalidade existente, que surge da procura do turismo de sol e mar.

Ana Rodrigues – Licenciou-se em Gestão das Atividades Turísticas em 2017, no ISCAP. Em 2020, nessa mesma instituição prestou as provas de Mestrado em Intercultural Studies for Business. Iniciou a sua atividade profissional em 2013 na FLAMA, S.A., onde trabalhou como operadora de callcenter até ao início de 2018, e até agosto de 2019 como responsável de callcenter. Em setembro de 2019 iniciou funções como Técnica de Apoio ao Cliente na Corticeira Amorim.

Hábitos alimentares, de saúde e da adesão ao padrão alimentar mediterrânico dos jovens da região do Algarve

No âmbito do Projeto 0290_MEDITA_5_P MEDITA – “Dieta Mediterrânica Promove Saúde”, financiado pelo Programa Operacional POCTEP, inquiriu-se, uma amostra de jovens do 10º ano, de oito escolas secundárias da região do Algarve com o objetivo de caracterizar o seu estilo de vida e a adesão ao padrão alimentar mediterrânico (PAM). A amostra final incluiu 325 participantes, com idades entre 15 e 19 anos. Os resultados do Índice KIDMED apresentam uma pontuação média de 6,9 pontos e indicam uma baixa adesão ao PAM em 9,0% dos inquiridos, adesão intermédia em 45,5% e alta adesão em 45,5% dos inquiridos. Muito embora os níveis de adesão intermédia e alta ao PAM sejam positivos, foi possível observar que os jovens no Algarve apresentam práticas alimentares que requerem a atenção dos profissionais de saúde e educadores.

Maria Palma Mateus – Licenciada em Ciências da Nutrição e doutorada em Ciências do Consumo do Alimentar e Nutrição pela Universidade do Porto. Professora adjunta na Universidade do Algarve. Integra o Grupo de Trabalho da Dieta Mediterrânica da Universidade do Algarve e é coordenadora do projeto 0290_MEDITA_5_P – “Dieta Mediterrânica Promove Saúde. Investigadora nas áreas da Dieta Mediterrânica, envelhecimento ativo e obesidade.

Os desafios do modelo de Governança no Património Cultural Imaterial: O caso da Dieta Mediterrânica

Estabelecer modelos conjuntos de gestão e planeamento do património cultural entre os agentes do património e os agentes do turismo é uma ambição de longa data.
As formas de envolvimento da comunidade local neste processo é também assunto de investigação nas abordagens que procuram um desenvolvimento sustentado e participado do turismo, e se baseiam numa utilização responsável dos recursos endógenos do território.
As preocupações com a gestão do património cultural mundial têm-se centrado em geral na redução dos impactos negativos, na conservação e preservação desse património, na geração de receitas para a sua salvaguarda, na comunicação com os vários atores e no envolvimento e
participação da comunidade local nestes processos.
O objetivo deste artigo é verificar através da análise do estudo de caso da Dieta Mediterrânica, no Algarve, os desafios e as oportunidades que a gestão em rede e cooperativa do património cultural imaterial (da Humanidade), coloca comparativamente ao restante Património Mundial.
A partir da análise documental, mas também de questionários aos agentes locais e regionais apresentam-se conclusões sobre a intensidade e o tipo de cooperação existente no Algarve, na gestão e planeamento da Dieta Mediterrânica como Património Cultural da Humanidade.

Alexandra Gonçalves – Professora Adjunta da Universidade do Algarve, Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, onde lecciona desde 1997. Diretora da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve desde 30 de outubro de 2019. Investigadora Integrada do CIEO- Research Centre for Spatial and Organizational Dynamics para as áreas do Turismo, Território, Património, Gestão Cultural e Indústrias Criativas. Doutorada em Turismo pela Universidade de Évora (2013), Mestre em Gestão Cutural – especialização em Património Cultural pela Universidade do Algarve (cooperação com Universidade de Paris-8, Sorbonne) (2002), Pós-graduada em Direito do Património Cultural pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2016), Licenciada em Marketing (1997).
Desempenhou cargo de Diretora Regional de Cultura do Algarve de 16 de dezembro de 2013 a 15 de dezembro de 2018; foi vereadora da Câmara Municipal de Faro entre outubro de 2009 e outubro de 2013, com os pelouros da cultura, do turismo, da ação social, da economia e da sáude.
Possui investigação desenvolvida e publicada nas áreas da experiência turística e cultural, no turismo cultural e criativo, na gestão do património cultural e dos museus, na avaliação de eventos, entre outros. Foi coordenadora regional e investigadora responsável do Projeto de investigação financiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia CREATOUR- Creative Tourism Destination Development in Small Cities and Rural Areas (2016-2020). Participa em várias outros projetos de investigação: MD.net; I-Heritage; Best Med.

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