Vol. 1 (2021): Artigos dos alunos da edição 2021 do MNE
Nota Editorial
A primeira edição dos cadernos de investigação em negócio eletrónico surge num ano muito complexo devido à pandemia COVID-19. O trabalho foi realizado a distância, o que dificultou a tarefa. Mas é na adversidade que se vê a resiliência dos/das estudantes, dos/das docentes, e da própria instituição para enfrentar a adversidade. Sairemos seguramente todos/as mais fortes desta situação.
Esta edição traz-nos já tópicos relacionados com esta situação em que vivemos, tais como o impacto da situação criada pela pandemia COVID-19 a nível da transformação digital na indústria das bicicletas em Portugal e a inovação que aconteceu desencadeada pela pandemia a nível dos modelos de negócio de comércio eletrónico. Além disso temos ainda tópicos tão variados como o potencial da transformação digital para a valorização do modelo cooperativo, o impacto do Brand Equity na confiança de um utilizador de comércio eletrónico, os FinTechs em Portugal segundo o ponto de vista de várias gerações, a análise dos principais fatores que influenciam o comportamento do consumidor na tomada de decisão de compra em linha, o papel da inteligência artificial na proteção de dados no negócio eletrónico, a experiência da compra em linha de bens de luxo, o impacto do comércio eletrónico na sustentabilidade ambiental, a influência da realidade aumentada na decisão de compra dos clientes, a influência da estratégia digital na performance do private label, o impacto da inteligência artificial no customer jouney, a avaliação de lojas em linha segundo as sete variáveis do User Experience, os eventos digitais e os fatores motivacionais nos seus participantes, os fatores de sucesso dos big data no comércio eletrónico, entre outros.
Como vemos, os assuntos são variados, mas têm todos um vetor em comum: o negócio eletrónico. Hoje, como nunca antes, sabemos da importância da utilização das tecnologias e da Internet nas atividades e nos negócios das organizações e das comunidades de prática. De fato o negócio eletrónico abriu fronteiras, ofereceu a possibilidade do alcance mundial, da ubiquidade, democratizou o acesso a determinados bens. Além disso, com a criação do mercado livre europeu e de novas infraestruturas tecnológicas, foi possível criar serviços específicos que vieram potenciar o negócio eletrónico, tornando-os mais eficientes, tanto a nível da relação com o cliente final como com os outros stakeholders; um exemplo claro foi a diretiva europeia que veio abrir a terceiros o negócio dos pagamentos eletrónicos, aumentando a competitividade desse sector.
Mas nem tudo são rosas, e sabemos que não é fácil transformar os negócios de forma a poderem colocar-se em linha. Há toda uma complexidade de situações que exigem novas formas de lidar, de estar e de gerir os negócios. O próprio espaço virtual é diferente do tangível, e obriga a mudanças para por exemplo expor produtos, ou para as organizações se fazerem notar nessa selva que é a Web.
Outra questão muito importante é a segurança cibernética, sem ela podemos colocar em risco todo o esforço financeiro e humano de uma organização, e no limite, colocar em risco a própria organização e o seu negócio.
No Mestrado em Negócio Eletrónico (MNE) do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Instituto Politécnico do Porto interessa-nos estudar este contexto do negócio eletrónico do ponto de vista dos sistemas de informação nas organizações e na sociedade. O negócio eletrónico é de facto um contexto cheio de potencial de estudo.
Estamos ainda agora a começar, e temos muita vontade de trabalhar com estes/as investigadores/as-júnior, alunos/as do MNE, proporcionando-lhes contextos diversos de investigação no nosso centro de investigação CEOS.PP [1], um espaço onde podem interagir com investigadores/as-sénior de várias áreas.
Esta primeira edição destes cadernos de investigação é um esforço conjunto de docentes e estudantes do MNE. Todos/as, sem exceção, se envolveram na escrita e revisão dos artigos. É um exercício que simula as atividades de uma revista científica, um ambiente controlado que nos permite assim criar um espaço de aprendizagem para os investigadores-júnior.
Resta-nos desejar boas leituras!
(A equipa editorial)
[1] https://ceos.iscap.ipp.pt/